Em 8 de Janeiro de 1290, e estando D. Dinis, o “Rei Lavrador”, em Beja, foi concedida Carta de Foral a Ourique, sendo por isso elevada a Vila, algo que significou a emancipação da localidade. Mais tarde torna-se também Cabeça de Comarca, tendo a jurisdição de muitos concelhos limítrofes.
Em 20 de Setembro de 1510, D. Manuel I atribui novo Foral a Ourique, confirmando os privilégios dados por D. Dinis.
No primeiro “numeramento” da população portuguesa, em 1527, Ourique e o seu termo tem 582 habitantes, o que fazia desta Vila uma das mais povoadas de Além-Tejo.
Em 1573, D. Sebastião, na sua jornada ao Alentejo e ao Algarve, visita Ourique. Segundo os relatos do cronista João Cascão, El-Rei veio jantar a Ourique e foi recebido pelos homens-bons da localidade, bem como por uma companhia de Ordenanças de cinco bandeiras, constituída por 1000 homens. Foi a melhor ordenança que acharam em todos os lugares que percorreram. D. Sebastião assistiu ainda a danças e ouviu missa, provavelmente na antiga Matriz (que ruiu no século XVIII), e aqui se demorou duas horas a jantar.
Quanto ao património imóvel edificado, Ourique tinha Casa da Misericórdia (destaque para as portas de cantaria lavrada) e Hospital, remontando ambos ao século XVII.